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Facisc endossa movimento pela dragagem do Porto de Itajaí

02 DE ABRIL DE 2024
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A dragagem do Complexo Portuário de Itajaí continua na pauta de entidades empresariais do estado.

A Facisc apoia e endossa o Movimento do Conselho de Entidades de Itajaí, formado por representantes de diversos segmentos econômicos locais, que enviou ofício às autoridades municipais e estaduais solicitando providências em relação à dragagem. O documento foi encaminhado para o superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, o prefeito Volnei Morastoni, o governador Jorginho Mello e o secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, José Roberto Martins.

As entidades ressaltam que “o Porto de Itajaí, pela sua característica, exige uma dragagem de manutenção de forma contínua, com dragagens espaçadas de retirada de material”. As entidades que formam o Conselho revelam preocupação com a continuidade do trabalho de dragagem. É mencionado também o contrato de dragagem entre a Superintendência do Porto e a empresa holandesa Van Oord, que irá vencer em 2025 e não poderá mais ser renovado.

Para o vice-presidente Regional do Vale da Facisc, Rinaldo de Araújo Jr, existem dois problemas urgentes a serem olhados com atenção. Primeiro a paralisação do Porto de Itajaí devido a erros políticos, o que prejudica a economia local, e a questão da dragagem do Rio Itajaí, essencial para a entrada de navios grandes. “As entidades empresariais estão mobilizadas para sensibilizar as autoridades públicas sobre a gravidade desses problemas, visando evitar prejuízos econômicos significativos para Santa Catarina”.

O diretor setorial da Facisc, Lito Guimarães, explica que a preocupação da Federação é em relação ao efeito danoso à economia da região devido à forte influência gerada pela atividade, bem como a importadores e exportadores que fazem uso do complexo portuário instalado no rio Itajaí Açu. “A eventual transferência das operações para portos mais distantes, acarretariam custos adicionais e alterações logísticas portentosas para as empresas. Considerando igualmente a possível ausência de capacidade operacional nesses portos, no extremo, perderíamos cargas para portos de Estados vizinhos e até mesmo empresas aqui instaladas, na busca de economicidade comercial e operacional “.

O documento pede ainda esclarecimentos quanto à suposta situação de inadimplência do Porto de Itajaí no pagamento deste contrato. “É premente já disparar o processo de licitação para um novo contrato”, alerta o texto.

Eclésio da Silva, representante do Sindicato das Agências de Navegação Marítima e Comissárias de Despachos do Estado de Santa Catarina – Sindasc, demonstra apreensão. Ele destaca que o Rio Itajaí-Açu necessita de constantes dragagens, devido ao assoreamento. “Se não for dragado, consequentemente diminui de profundidade. Isso vai levar a autoridade marítima a rever os parâmetros operacionais para navios maiores. Isso é risco em função justamente de limitação de entrada e saída de navios. Consequentemente os armadores acabam desviando os seus navios para outros portos – não do estado de Santa Catarina, que já se encontram, de certa forma, congestionados – mas para outros estados vizinhos”, explica.

Silva considera apropriado o envio do ofício às autoridades. “É pertinente a manifestação do Conselho de Entidades de Itajaí, endossada pela Facisc e pela Fecomércio, para que isso seja esclarecido e ajustado, pago o que tem devidamente para ser pago, e também a busca do processo licitatório de novo contrato, para os anos seguintes”. O representante do Conselho ressalta a preocupação no sentido de que a dragagem não venha a sofrer descontinuidade.

A paralisação no movimento de cargas conteinerizadas, que persiste desde dezembro de 2022 é outro fator que deixa apreensivos os integrantes do Conselho de Entidades.

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